20 de novembro de 2015

Avalanche Tricolor: o necessário, somente o necessário …


by miltonjung

Grêmio 1x0 Fluminense
Brasileiro - Arena Grêmio


Luan comemora com Roger o gol da vitória (álbum Flickr do Grêmio Oficial)
Luan comemora com Roger o gol da vitória (álbum Flickr do Grêmio Oficial)

"Eu uso o necessário
Somente o necessário
O extraordinário é demais”
 Via o Grêmio jogar, na noite desta quinta-feira, quando lembrei da letra de música que embalava os meninos aqui de casa sempre que assistíamos a um dos muitos DVDs da Disney, que faziam parte da coleção de entretenimento deles quando eram bem pequenos ainda. Hoje, os dois estão grandinhos e cada um fazendo das suas, mesmo assim a música voltou à memória, principalmente depois do gol gremista. Gol, aliás, resultado de uma tranquila cobrança de pênalti de Luan, pênalti bastante claro, registre-se, apesar de ter acabado de ver no Twitter que alguns colegas de jornalismo esportivo o chamaram de polêmico. Se houve polêmica, isto se deu porque o autor do pênalti, aquele que colocou a mão na bola, não foi punido com um cartão amarelo, o que resultaria em sua expulsão, pois já havia recebido um por uma falta no segundo tempo.
 Lembrei da música porque percebi que, em campo, o Grêmio fazia o necessário, somente o necessário, para levar os três pontos nesta sua caminhada para o Tri da Liberadores - jamais devemos esquecer que este é o nosso objetivo maior. E quando digo que fazia o necessário, longe de mim desmerecer o que era feito. Pelo contrário. Marcava o suficiente para impedir a chegada do adversário, apesar de uma bobeada logo no início que quase atrapalhou nossos planos. E marcava a saída de bola como Roger gosta, sem dar muito espaço e retomando o domínio do jogo rapidamente. O necessário.
 Assim que a bola estava nos pés gremistas, os jogadores se deslocavam no gramado sempre apresentando-se como opção de passe e assim faziam com que o passe tivesse maior precisão. Tanta movimentação acabava gerando lances de gols que, na maior parte do jogo, eram desperdiçadas pela insistência de sempre querer alguém mais bem colocado para concluir. Um mérito ou um defeito - dependendo do resultado final - deste time que não abre mão de jogar futebol com qualidade, porque qualidade no futebol é preciso.
 Até que veio o pênalti. E Luan converteu com a tranquilidade de um veterano, que ele não é, mais uma vez fazendo o necessário. Sem paradinha, sem precisar de ginga, sem muitas delongas, apenas com precisão, a necessária precisão (e tranquilidade) dos cobradores de pênaltis.
 O restante do jogo foi trocar bola de pé em pé, uma prática irritante para os adversários que sempre acaba em expulsão ou punição, quando o árbitro não se omite de sua responsabilidade - e hoje por mais de uma vez se omitiu, apesar de ter expulsado um deles aos 18 do segundo tempo. Sei que muitos dos torcedores devem ter temido algum revés, mas, convenhamos, a partida ficou sob controle. Os três pontos foram garantidos, a manutenção da vaga da Libertadores, também, e seguimos distantes dos que se engalfinham mais atrás.
 Fizemos o necessário, apenas o necessário. O extraordinário … que venha no domingo!