23 de novembro de 2014

Daniel Matador - Só a Matemágica salva

Corinthians 1 x 0 Grêmio

Primeiro Tempo: 0 x 0

Após o resultado adverso do jogo contra o Cruzeiro na Arena, o Grêmio entrou em campo para enfrentar o Corinthians em sua casa. Ambo buscavam o mesmo objetivo: um lugar no G4 e a possibilidade de classificação para a Libertadores 2015.
Desde o início não houve o tradicional "estudo" por parte de nenhum dos times. Tanto Grêmio quanto Corinthians partiram para cima nos primeiros minutos, mostrando que o jogo poderia ser franco e sem grandes retrancas. Mas a equipe paulista acabou por tomar a maior iniciativa.
O Corinthians, por estar em casa, atirou-se mais ao ataque e, aos 16 minutos, Guerrero acertou o poste e o tricolor escapou de tomar o gol.
Aos 24 minutos um atleta corinthiano dá uma TESOURA no jogador do Grêmio e o juiz, além de não marcar NADA, ainda dá um CHILIQUE em campo e sai xingando Barcos.
Aos 30 minutos, Grohe faz uma defesa monumental, salvando o tricolor. 
Aos 35, Fellipe Bastos recebe bola de Riveros e dá um tirambaço que passa perto da forquilha direita de Cássio.
E mais não teve no primeiro tempo. Precisando vencer, o Grêmio não conseguiu sobrepujar a equipe paulista, que controlou boa parte das ações. Credite-se muito disso também aos desfalques que desmancharam a estrutura que vinha sendo utilizada com sucesso e havia ganho jogos nas últimas rodadas.

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Segundo Tempo: 1 x 0

O segundo tempo começou
e o Grêmio veio com alterações. Giuliano entrou no lugar de Riveros. Tentativa óbvia de Felipão para tornar o time mais ofensivo.

Aos 3 minutos, após rebote de Cássio, Barcos marcou aquele que seria o gol de abertura do placar, mas o bandeirinha assinalou impedimento muito duvidoso e o juiz invalidou o lance.
Aos 5 minutos, outro impedimento milimétrico marcado.
Aos 7 minutos, Guerrero fez grande jogada, mas chutou pra fora. Aos 9, Ramiro fez bom lance pela direita, chutou e Cássio mandou para escanteio. Aos 12, Dudu entrou a dribles e deu um chutaço da entrada da área, o qual passou próximo do travessão.
Aos 22, um gol do Corinthians corretamente invalidado, pois o cruzamento havia sido feito após a bola ter ultrapassado em muito a linha de fundo.
Aos 25, mais um roubo prejudicando o tricolor. Em uma tentativa de cruzamento para a área alvinegra, a bola bate na mão do jogador corinthiano dentro da área, o bandeira marca o que seria pênalti, mas mesmo após consultá-lo, o juiz não confirma e salva a pele da equipe de Itaquera. Chamar isso de CONCHAVO é pouco.
Aos 35, uma cabeçada do Corinthians bate no pé da trave e o Grêmio escapa mais uma vez, logo após a entrada de Alan Ruiz no lugar de Luan.
Até que aos 37 Guerrero chuta e a bola passa entre Grohe e um zagueiro tricolor. Castigo para o tricolor. Na sequência, o juiz dá cartão amarelo para Dudu, alegando que ele estava reclamando muito.
Aos 40, Felipão bota Lucas Coelho no lugar de Dudu, que estava marcado pela arbitragem e era grande a possibilidade de ser expulso.
E não houve mais nada que merecesse grande registro.


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 O jogo era crucial para a manutenção das pretensões de classificação à Libertadores. Matematicamente, ainda há possibilidade, porém as chances agora são pequenas e dependem de resultados paralelos.
Mas é complicado necessitar de resultado favorável numa antepenúltima rodada de campeonato jogando na casa do Corinthians, historicamente o clube mais favorecido pela arbitragem.
Agora, só vencendo os dois últimos jogos contra Bahia e Flamengo e torcendo contra os demais é que será possível a classificação. 
Só a Matemágica salva. 
 
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Como jogaram

Marcelo Grohe: Fez uma excepcional defesa no primeiro tempo. Foi bem no segundo, apesar de que talvez pudesse ter salvo o lance do gol.
Ramiro: Entrou para substituir Pará, que havia tomado o terceiro cartão amarelo no jogo contra o Cruzeiro. Não estava muito inspirado.

Bressan: Substituiu Geromel, que vinha fazendo ótimas apresentações e, assim como Pará, também levou o terceiro cartão amarelo no jogo contra o Cruzeiro. Foi razoável.
Rhodolfo: A firmeza de sempre. Ainda assim, não conseguiu impedir o gol corinthiano.
Zé Roberto: Manteve o mesmo nível de suas últimas apresentações. Sabe jogar com a bola no pé e tomou conta da lateral esquerda. Mas o cruzamento para o gol saiu por seu lado do campo.
Wallace: Felipão descobriu aquele que talvez seja o melhor volante que o Grêmio possui hoje, mesmo sendo apenas um garoto. Discreto e efetivo.

Fellipe Bastos: Retornou da suspensão por cartão amarelo que o havia tirado do jogo contra o Cruzeiro. Não acertou nenhum lance de bola parada, mesmo sendo aclamado por ter grande aproveitamento nos treinamentos.
Riveros: Marcou o gol do Grêmio no último jogo e teve boa participação. Como Ramiro foi deslocado para a lateral direita, manteve-se na volância. Foi discreto no primeiro tempo e saiu no intervalo para a entrada de Giuliano.
Luan: Não obteve vitória pessoal sobre os marcadores. Saiu para a entrada de Alan Ruiz.
Dudu: Assim como Luan, tentou ir para cima dos marcadores, porém foi contido. Saiu no final do jogo para a entrada de Lucas Coelho.
Barcos: Marcou um gol, porém a arbitragem invalidou.

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Giuliano: Entrou para deixar o time com maior poder ofensivo. Até conseguiu, mas não a ponto de permitir grandes ações.

Alan Ruiz: Entrou no lugar de Luan, que não havia tido grande jornada.
Lucas Coelho: Entrou faltando 5 minutos para acabar o tempo regulamentar. Não teve muito tempo de fazer nada.

Felipão: Teve que remontar o time por conta de desfalques com o que havia à disposição. Sabe das limitações do elenco.
 
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Arbitragem:
Ricardo Marques Ribeiro, auxiliado por Márcio Eustáquio Santiago e Guilherme Dias Camilo (trio de Minas Gerais). O famigerado Ricardo Marques Ribeiro é um dos mais conhecidos membros da Galeria dos Grandes Pilantras da arbitragem brasileira. Seu histórico de metidas de mão contra o Grêmio é grande. Não teria motivo para ser diferente hoje. Sonegou cartões para os jogadores corinthianos e ainda tentou intimidar a equipe gremista. Saiu de campo sendo muito xingado pelos jogadores gremistas.