4 de setembro de 2014

Injustiça não acaba com a impunidade



No país da impunidade, punições tendem a ser aclamadas.
Ainda mais se em causa que envolve algo tão monstruoso como o racismo.
Sem nenhuma vontade de remar contra a corrente e com todos os cuidados que impeçam parecer uma defesa aos racistas, insisto: a punição ao Grêmio não faz sentido.
Nem entrarei no mérito da discussão se o time já estava ou não fora da Copa do Brasil.
Até porque não estava, como bem demonstraram o Flamengo e o Botafogo, ainda mais se considerarmos que a derrota gremista em Porto Alegre para o Santos aconteceu num jogo em que o Tricolor foi melhor e vítima de um gol irregular.
Atenho-me ao que tenho lido e ouvido dos juristas que o país respeita como tais, não esta gente que faz parte dos tribunais esportivos.
Da direita à esquerda, todos os juristas eximem o Grêmio depois de o clube ter tomado as providências que deveria tomar. Todos!
E quando vejo o apoio de Joseph Blatter, o demagogo maior entre os demagogos, mais tenho certeza de que a decisão do STJD foi outra demagogia.
Há quem desfaça da possibilidade de grupos fazerem, apenas para prejudicar um determinado clube, o que fizeram os gremistas já identificados, respondendo a inquérito policial e devidamente execrados pela opinião pública.
São os que ignoram o que se passa no mundo do futebol, onde até dentro dos próprio clubes grupos se digladiam e são capazes de trabalhar contra a agremiação para desestabilizar situações.
Mais que excluir o Grêmio da Copa do Brasil, carimbou-se no clube uma mancha indelével.
Fosse eu presidente gremista e acionaria o STJD por perdas e danos na Justiça de verdade.